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🇨🇱 Deserto do Atacama

  • Foto do escritor: Jessica
    Jessica
  • 27 de set. de 2024
  • 6 min de leitura

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Cruzamos fronteira no Hito Cajón, durante o fim da nossa expedição no Salar de Uyuni. O processo foi lento e levou horas, pois houve fila na saída e na entrada e passa por uma revista bem rigorosa (inclusive não é permitido atravessar com nenhuma fruta, carnes ou alimentos abertos).


Assim que concluída essa parte, fomos de van sentido San Pedro do Atacama. São paisagens muito bonitas e longas decidas, pois estávamos em altitude bem alta antes. Como já faziam muitos dias que estávamos nesse vai e vem de altitude, nem sentimos diferença/mal da montanha.


Chegando na cidade fomos deixados na ponta da Rua Caracoles, é a principal da vila e onde ficam todos os restaurantes, agências, farmácias, bares e pousadas. Por isso é altamente recomendado que fique hospedado bem pertinho dali, pois tudo é feito a pé.


Ficamos numa pousada chamada Hostal Puritama, quarto individual com banheiro privativo e café da manhã, ficou em torno de US$ 340 para 4 noites. O café atendia bem, tinha área compartilhada com mesas e sofás, o que ajudou muito durante nossa estadia para lancharmos. Fomos super bem recebidos, chegamos cedo mas guardaram nossas malas sem custo e ainda abriram opção de pagar mais barato por fora do site de reserva, o que aceitamos, claro.



Tem um cachorro lindo na pousada, super educadinho e companheiro. Foi um bom custo-benefício.


Depois do check in, fomos para a rua passear com calma, olhar as lojinhas, conhecer as igrejas e sacar dinheiro (tem uma farmácia que tinha caixa 24h). Uma curiosidade legal, a conversão do real para o peso estava compensando mais que em dólar na época, então fizemos câmbio do real em uma lojinha lá e foi bem tranquilo. Aliás, foi curioso ver que muitos locais aceitavam pix em real também, mas atenção na conversão porque não achamos que vale a pena.


A cidade não é asfaltada, tudo bem roots e com uma vibe legal. Só é bem caro, restaurantes e passeios com preço bem salgado. Logo que chegamos fomos fechar alguns passeios, fizemos bem menos do que esperávamos pois como já tinhamos visto muitas coisas semelhantes na expedição, optamos por priorizar os passeios e fazer apenas alguns. No geral, valores eram em torno de R$ 250 por pessoa para meio período de passeio. Um passeio de dia inteiro saía em torno de R$ 500 por pessoa, mas tinha refeição inclusa.



Considerando nossa experiência nos países anteriores, achamos caro, mas é legal considerar que a estrutura no Chile é mil vezes melhor, tudo muito arrumado, com facilidade de acesso e locomoção, sempre tem lanche, almoço ou drinks inclusos, além de guia e transporte. Percebemos que para famílias grandes compensa mais alugar carro e fazer os passeios por conta própria, a maioria não exige guia e tem várias explicações em placas, etc. Ficaria bem mais econômico. Para um casal, não recomendaria alugar carro pelo custo que sairia bem mais alto e dificuldade de estacionar. Mas achamos as estradas excelentes, todas as principais eram asfaltadas, bem sinalizadas e tranquilas. Os locais de passeio tem portaria para comprar as entradas e sinalização. Então eu me aventuraria assim na próxima.


Ficamos quase 4 dias completos, então vou colocar abaixo os passeios que fizemos e alguns que pesquisamos com alguns detalhes interessantes para referência:


  • Valle de la Luna: passeio de tarde com pôr do sol. Entrada R$ 58 (10K CLP) + na agência R$ 186 (32K CLP). Conhece pontos como o Anfiteatro de Pedra, Cordilheira de Sal, a Grande Duna, Três Marias, Mirador de Kari, Valle de la Muerte e um bonito pôr do sol. É possível ir de bicicleta, mas é meio longe, aconselho isso apenas para quem está acostumado com MTB.


  • Lagunas Escondidas de Baltinache: meio dia: Entrada R$ 58 (10K CLP) + na agência R$ 220 (38K CLP). Caminhada na ruta da Paciência. Ao todo são 7 lagunas e, dessas, duas delas estão liberadas para tomar banho. E na última tem a experiência de não afundar por ter muito sal na água.



  • Rota dos Salares: dia inteiro de passeio, a entrada é grátis, paga apenas na agência R$ 186 para o tour ($32.000 CLP). Visita pontos como o mirante dos vulcões Licancabur e Juriquez, Laguna Diamante, Monjes de La Pacana, Salar de Pujsa (flamingos), Salar de Quisquiro, Salar Aguas Calientes, Caldera La Pacana, Salar de Tara e Puna de Atacama.


  • Tour Astronômico: noturno para ver estrelas. Entrada grátis + na agência R$ 174 (30K CLP). Inclui alimentação e fotos profissionais.


  • Garganta do Diabo: adoramos esse e fizemos por conta própria e de bicicleta. Alugamos as bikes na rua Caracoles por 8k pesos cada, para o dia todo. Colocamos a localização no Google Maps e fomos pedalando, uns 7km o trecho. Estrada com pedregulhos, mas tranquila de fazer. Ao chegar na entrada, pagamos a taxa do parque, era em torno de 3k pesos, não lembro direito. Lá na recepção recebemos instruções do caminho e o porteiro explicou as regras. Fomos pedalando e amamos, depois chega num trecho que precisa amarrar as bikes e seguir a pé pois não passa bicicleta por ser estreito. A caminhada foi meio pesada porque estava muito quente, então leve água, protetor, algum chapéu e snacks para fazer mais tranquilo. No fim da trilha tem uma subidona, é íngrime mas vale a pena, chega num mirante lindíssimo com paisagens lindas e vista para o vale.



  • Pedras Rojas e Lagunas Altiplânicas: dia inteiro com almoço. Entrada custa R$ 87 (15K CLP) + na agência R$ 320 (55K CLP). Visita pontos como a Placa do Trópico de Capricórnio, Laguna Chaxa, uma estrada fotogênica, Reserva Nacional dos Flamingos (a entrada vale por alguns dias, então se você vem da expedição como nós, aproveite para usar dentro dos dias de válidade para não pagar taxa 2x), povoado Socaire e as Piedras Rojas. Também é possível conhecer as Lagunas Miscanti e a Miñiques (Altiplanicas).



  • Termas Puritama ou Puripobre (opção mais barata): entrada grátis e na agência R$ 186 (32K CLP) ou menos para o Puripobre. No Puripobre ou Purilibre como é conhecido, você faz uma pequena trilha e curte umas cachoeiras termais. Lá não tem uma boa estrutura como o Puritama, por isso é mais barato.



San Pedro é bem badaladinho, tem bares e karaokês para quem curte, restaurantes refinados e, para quem é como nós, algumas opções mais em conta.


O restaurante que mais gostamos por conta do custo-benefício foi o La Picada del Indio, valia muito a pena pois era valor fixo com entrada, prato principal e sobremesa (mesmo assim, era em torno de 7k pesos por pessoa). Tem opção de menu no almoço e no jantar, mesmos preços. Todos os dias os pratos mudam e oferecem 2 opções de entrada (sendo sempre uma sopinha ou algo com salada) e 3 de prato principal (sendo sempre um vegetariano, ou de peixe, ou de carne - com 1 opção de guarnição, geralmente batatas, arroz ou salada). Tem apenas uma opção de sobremesa. Consumir bebidas deixa o preço um pouco mais caro (principalmente se for alcóolico), mas também é dentro dos valores da região.



Vinho lá no Chile no geral é barato, cervejas a gente sempre comprava nas adeguinhas da rua para pagar mais barato. A melhor empanada da vida comemos lá em San Pedro, chamava Empório Andino, sério, eram maravilhosas. Chegamos a jantar no local também, mas não valeu a pena, compensa mais comprar empanadas. No nosso caso, a gente comprava empanadas, cerveja na adega e ia para o hostal para jantar nas mesinhas que disponibilizavam lá, era economia garantida e comida boa.


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Outra opção que amamos foi o La Franchuteria, excelente pães e opções de brunch. Recomendo ir pelo menos um dia tomar um café (pode ser da tarde), pois é um lugar muito aconchegante, com pães deliciosos e várias opções de brunch. Não é tão barato, mas era muito bom, vale conhecer.



Acho que essas seriam as principais dicas. Depois que encerramos nosso prazo lá, seguimos para o aeroporto de Calama. Existem muitas opções de transporte até lá, a mais barata é de ônibus. Fomos um dia antes na rodoviária de San Pedro e compramos pessoalmente nossas passagens, custou em torno de 5k pesos por pessoa, ônibus com poltronas reclináveis, ar condicionado e bem confortável. Para no centro de Calama e de lá dividimos um taxi com alguns brasileiros até o aeroporto. Foi super tranquilo.


Na nossa opinião, Atacama é maravilhoso, mas com um visual muito parecido com o que vimos na expedição e bem mais caro os custos, mas é super gourmet, acessível até para pessoas com mobilidade reduzida - o que gera muitos pontos legais e tem excelente estrutura. Bem mais nutela, mas amamos.




 
 
 

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