Mochilão Latino
- Jessica

- 15 de ago. de 2024
- 5 min de leitura
Atualizado: 16 de ago. de 2024

Conhecer Machu Picchu, subir as montanhas do Peru, andar de bike na estrada da morte, subir de teleférico em La Paz, a travessia do maior salar do mundo, deserto do Atacama e muito mais...
Conseguimos viajar e explorar nossa incrível América Latina, fazendo 3 países (Peru, Bolívia e Chile) com 12 dias de férias, considerando os finais de semana, com o total de 16 dias.
Para montar esse roteiro, primeiro analisamos os custos para começar por baixo (Chile) ou por cima (Peru). Viajamos para lá em março de 2023. Na época, os vôos entrando pelo Chile estavam mais baratos, porém vimos que o custo da logística do Chile para Bolívia era muito mais caro do que o contrário, pois a moeda no Chile é mais valorizada. Por conta desse cálculo, optamos por pagar um pouco mais na passagem para entrar pelo Peru e deixar Chile por último, assim o custo seria compensado no final do roteiro.
Quando viajamos, sempre aproveitamos para pegar vôo no último dia de trabalho. Então cumprimos expediente e depois vamos para o aeroporto iniciar nossa viagem.
Confira os posts de cada país com mais detalhes do roteiro.
Pegamos um vôo Latam às 19h30 em Guarulhos na sexta-feira, o custo ficou em torno de R$ 1.300 o trecho por pessoa. O vôo tinha uma escala em Lima de madrugada e chegava em Cusco apenas no sábado cedinho. Para economizar, dormimos no aeroporto mesmo.
O aeroporto de Lima (vôos domésticos) não é dos melhores no quesito estrutura. Por não ser tão grande, você só pode entrar na área de embarque 3 horas antes do vôo. Então tem que ficar na área externa. Tem poucos bancos e o chão é de piso frio. Estava bem cheio no dia que fomos e só sobrou chão mesmo. A área de embarque internacional é melhor e tem uma sala vip muito boa, uma das melhores que já visitamos.
Ficamos 6 dias no Peru, onde foi possível conhecer:
Fiz posts individuais detalhando a visita em cada um desses locais, confira na página Viagens.
Depois disso, pegamos um vôo de Lima até La Paz, na Bolívia. Um dia inteiro destinamos para fazer a Estrada da Morte, descendo de bicicleta.
Existe a possibilidade de fazer o trecho do Peru até a Bolívia de transporte terrestre e incluir outros pontos turísticos incríveis no caminho, mas nosso tempo era curto. Caso você tenha dias sobrando, talvez valha a pena investigar um pouco mais essa opção.
Um outro destino na nossa listinha para quando voltarmos ao Peru é a região de Huaraz - qualquer fã de montanhas e trilhas vai amar incluir essa parte no roteiro.
No transporte terrestre, você pode ir de ônibus noturno e economizar diárias em hotel por viajar a noite e poder dormir em leito. Mas, como estávamos com pouco tempo, pagamos pelo aéreo que ficou em torno de R$ 750 por pessoa. Foi um vôo curto e bem rápido.
Ainda dentro da fronteira da Bolívia usamos 3 dias para fazer a travessia do Salar de Uyuni.
No Chile, usamos 4 dias na região do Atacama e 1 dia em Santiago.
Também existe opção de ir do Atacama para Santiago de transporte terrestre e incluir mais pontos turísticos no roteiro, mas mais uma vez o tempo era curto e fomos de avião mesmo. A travessia que sai de Uyuni nos deixou em San Pedro do Atacama. De lá, pegamos transporte público até Calama (uma cidadezinha que fica a 1 hora de distância e que tem aeroporto).
O vôo de Calama a Santiago ficou em torno de R$ 240 por pessoa e também é bem curto e rápido. Do terminal rodoviário até o aeroporto de Calama pagamos um taxi - encontramos outra brasileira por lá e acabamos dividindo o custo do taxi. O ônibus ficou em torno de 5k pesos por pessoa.
Ao chegar em Santiago, dormimos lá uma noite e no dia seguinte aproveitamos para turistar. Passamos o dia conhecendo os principais pontos turísticos e no final do dia fomos para o aeroporto, mais detalhes nos posts individuais.
O vôo de Santiago a São Paulo ficou em torno de R$ 930 por pessoa.
Resumidamente, os custos variaram por pessoa em torno de:
R$ 3.400 de aéreo: 5 trechos (de SP > Lima > Cusco; Cusco > Lima; Lima > La Paz ; Calama > Santiago; Santiago > SP)
Em torno de R$ 8.000 para as demais coisas: passeios, transporte terrestre, hotéis, alimentação, suvenirs de lembrancinha, etc.
Importante reforçar que o valor pode variar muito, depende do tipo de viagem que você quer fazer, se mais simples ou mais luxuosa, se vai incluir restaurantes mais caros ou não, mais passeios, etc.
Nosso estilo de viagem é mais roots, mas sempre optamos por nos alimentar bem. Durante toda a viagem, pelo menos um restaurante topzinho visitamos para ter uma experiência legal, mas os demais optamos pelo bom custo benefício. As hospedagens optamos pelas simples e limpinhas, mas preferencialmente com banheiro privativo e buscamos sempre buscamos por hospedagens em quarto individual.
Dos passeios, fazemos os mais interessantes para nosso estilo, gostamos muito de passeio em meio a natureza, trilhas e montanhas.
Do mochilão na América Latina, usamos muito o Western Union para sacar dinheiro com boa conversão. A maioria das coisas é negociada com dinheiro em espécie. Fizemos poucas reservas antecipadamente e usamos cartão da Wise para itens pagos sem ser espécie - a conversão deles é sempre muito boa e aceita em praticamente todos os lugares.
No Peru a comida era maravilhosa, tive piriri só nos últimos dias. E o custo era muito parecido com os gastos em São Paulo, então não foi nada além do que já estamos acostumados.
Na Bolívia os custos já eram mais em conta por conta da conversão na moeda. A comida não era tão boa e as condições mais precárias, tudo muito simples e ainda bem pouco explorado, uma natureza mais selvagem e preservada.
Por fim, no Chile tudo era um absurdo de caro. Estrutura incrível para turísmo, mas preços lá no alto. Cenários todos muito parecidos com as paisagens que vimos na travessia da Bolívia, então não ficamos tão encantados quanto esperávamos. A maior surpresa mesmo foi a questão da estrutura que era muito boa e bem preparado para receber pessoas, inclusive com mobilidade reduzida.
As comidas eram ótimas no Chile, mas também entravam nesse padrão bem caro. Por isso, optamos por fazer menos passeios por lá e ficamos maneirando nos restaurantes. Mas, também é muito lindo e vale a visita. Apenas levaria esse ponto em questão, pois os outros países são mais proveitosos.
Santiago é role de cidade, estilo passear em São Paulo. Tem o centro histórico, bons restaurantes e várias opções de passeios em cidades próximas (que não fizemos porque estávamos sem tempo), mas que também precisa ser considerado a questão do custo. Entre as opções tem os esportes de inverno dependendo da época, visita aos lagos e praias, passeios em pontos mais altos com teleférico ou os prédios com vista para a cordilheira. Enfim, uma opção bem vasta. Basta ter tempo e dinheiro.
Do nosso lado, caminhamos pelos principais bairros e prédios históricos, fomos em museus, no mercadão e comemos pratos típicos. Descansando e finalizando o mochilão com chave de ouro.




















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